ANA ARAUJO, brasileira de Tacaratu, no sertão pernambucano (1966), é fotógrafa e jornalista graduada pela Universidade Católica de Pernambuco (1988). Iniciou a carreira na imprensa sindical, nos movimentos sociais e na Folha de Pernambuco (1988 - 1989). Fotografou para as sucursais no Recife, da Folha de S. Paulo, Jornal do Brasil e O Estado de S. Paulo (1989 - 1990). Em Brasília, trabalhou em assessoria de imprensa na Câmara Federal (1991 - 1992), como repórter-fotográfica no Jornal de Brasília (1992 - 1994) e na sucursal da revista Veja (1995 - 2009). Foi homenageada na 5a Mostra Fotográfica dos Profissionais Credenciados na Presidência da República, no Palácio do Planalto (1999). Atuou no corpo docente da cátedra Victor Civita, uma cooperação entre a editora Abril e a UNB (Universidade de Brasília), na disciplina Fotojornalismo (2007 - 2008).
Em São Paulo, recebeu cinco prêmios Abril de Jornalismo (1998 - 2006) e o 7o Troféu Mulher Imprensa - Fotógrafa de Jornal e Revista (2010). Participou das exposições e livros: “Brasil – 100 Fotógrafos Retratam o Cotidiano do País em 24 Horas” (1999 - 2000), em Brasília, e “Fotografia em Revista – As Melhores Fotos em 60 anos da Editora Abril” (2009 - 2010) em S. Paulo e Brasília. Com o coletivo feminista que integra, fez parte das exposições “As Donas da Bola” (2014 - 2015), em S. Paulo, sobre o futebol feminino no Brasil e “Se me vejo, me veem” (2015 - 2016), em Paraty (RJ), que denunciou a violência contra as mulheres. Também atua como arte-educadora em oficinas de fotografia nas escolas públicas e comunidades quilombolas, desde 2012. Como produtora cultural, idealizou e é coordenadora, na sua cidade de origem, da Prosa - Projetos para o Semiárido (2005), entidade gestora do “Arca das Letras”, programa de incentivo à leitura com 23 bibliotecas rurais, e do Ponto de Cultura - Tacaratu Filhos da Terra (2012) que foi um dos projetos de inclusão digital, comunicação e artes visuais vencedores do prêmio “Pontos de Mídias Livres”, do Ministério da Cultura (2015). Também concebeu e coordena a Fotofeira Livre (2018), uma iniciativa de economia criativa que reúne e comercializa as obras de 30 fotógrafos, no Recife.
É autora dos fotolivros "As Loiceiras de Tacaratu – A Arte Milenar das Mulheres do Meu Sertão" (2018) e "Pankararu – Identidade, Memória e Resistência (2021), ambos aprovados pelo edital Funcultura do Governo de Pernambuco e frutos de uma extensa pesquisa etnográfica de 34 anos sobre a resistência cultural da cerâmica utilitária de tradição indígena do povo Pankararu, dos rituais da sua cosmologia e a luta pelo seu território. No contexto da pandemia da Covid19, realizou a exposição virtual “Memórias Fotográficas do Isolamento – A Beleza e a Dureza da Luz e do Tempo” (2020 - 2021), com incentivo da Lei Aldir Blanc PE. Sua obra e biografia estão presentes no livro “Fotógrafas Brasileiras – Imagem Substantiva” (Grifo, 2021), de autoria de Yara Schreiber Dines, antropóloga, professora e pesquisadora da USP – Universidade de São Paulo. A publicação mostra o trabalho de 60 fotógrafas do Brasil, desde 1910 aos dias atuais.
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